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Transcêndência e Sede de Infinito segundo Agostinho

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A experiência de que somos muito pouca coisa é acompanhada pelo nosso desejo de felicidade. Em Transcendência e Sede de Infinito Segundo Agostinho, a versão revista da sua tese de doutoramento, defendida na Universidade de Coimbra em 2016, Diogo Morais Barbosa prova que esta experiência e este desejo, parecendo rumar em sentidos opostos, podem e devem ser conciliados – caso contrário, nunca se perceberá o ser humano na integridade da sua «natureza» complexa. A demonstração é feita a partir do pensamento de uma das pessoas que mais falaram e escreveram sobre o tema: Agostinho de Hipona, mais conhecido por Santo Agostinho. Nesta obra, o autor sustenta que, como sucede com o homem, o pensamento augustiniano tem de ser visto não só à luz da transcendência (base do nosso desejo de felicidade), mas também da sede de infinito (manifestação de que somos muito pouca coisa).

«O ser humano tinha tudo para estar configurado sob a forma de uma causa perdida. A ordem dos seus dias é a da contingência. Vem e vai. Vai tão rápido como vem. Cai, passa, morre. Mas há uma tarefa que sustenta essa configuração e a pode salvar. Tarefa constitutiva, porque ele está nela (é interpelado por ela, chamado a ela), mas de um modo tal que ela lhe não é imposta, não lhe é estrangeira. É sua, desde sempre e para sempre. Nunca foi nova, mas é uma novidade de cada vez. Pois o curso da vida chama à anestesia, ao sono letárgico que submerge o constitutivo no esquecimento. O amor de si não é, pois, uma tarefa à qual se escolhe estar sujeito, mas sim da qual se é sujeito. E o mais bizarro na proposta augustiniana é que a tarefa constitutiva esteja dada na forma da possibilidade: a possibilidade de dizer “sim” à transcendência. E de dizê-lo, não ao modo de quem admite a derrota, mas antes de alguém que cumpre aquilo para que foi feito.»

Diogo Morais Barbosa é mestre e doutor em Filosofia Medieval. A sua tese de mestrado, Natura Semper in Se Curva – A Vinculação a Si e a Possibilidade de Desvinculação Segundo Duns Escoto (Fundação Eng.º António de Almeida, 2012), sobre a noção de amor na obra do maior autor franciscano (1266-1308), filósofo e teólogo da tradição escolástica, foi apresentada e defendida na Universidade Nova de Lisboa.

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